Este artigo é minha estréia na Acesso Gospel e, será um grande prazer poder compartilhar com os leitores alguns conhecimentos e dicas sobre o mundo da música. Vou começar com um resumo sobre o processo de gravação de um CD. São dicas simples, porém é onde muitos erram.
Tudo na vida que é feito de forma organizada obtém melhores resultados e, na música não é diferente. Assim, podemos dividir a produção de CD em partes que vão nos levar a melhores resultados. Em uma próxima oportunidade falarei especificamente sobre gravação de CD demo – abreviatura de demonstrativo, ok? (risos).
Antes de tudo é necessário que haja um definição musical: rock, sertanejo, reggae, pop etc. Digo isso pois muitos CDs poderiam ter o título “Salada Mista Volume 1”. Vamos à descrição resumida das etapas:
Escolha do repertório: As músicas que vão compor o repertório devem ser escolhidas com base no conceito do CD. Parece uma tarefa fácil, mas principalmente bandas tem dificuldades nesta fase, pois alguns integrantes não abrem mão de suas composições entrarem no CD. É preciso ter humildade e maturidade, afinal as músicas gravadas serão o “cartão de visita” da banda. Se a música não é boa ou não se encaixa na proposta do CD por deverá ser incluída? Por isso a importância do produtor musical, que é alguém mais preparado para tomar esta decisão tão importante. Isto também serve para o artista solo;
Pré-Produção: Aqui os arranjos, a estrutura, timbres, tonalidade, andamento das músicas é definido. Em trabalhos profissionais, com produtor musical, são feitas prévias das músicas arranjadas, através de gravações de ensaio ou programações digitais. Assim o que precisar ser alterado será feito nesta etapa evitando, assim, contratempos na hora da gravação oficial. Depois de tudo acertado na pré-produção é hora de ensaiar as versões finais das músicas que devem ser feitas, preferencialmente, com o uso do metrônomo (instrumento que marca o andamento de uma peça musical).
Produção: Depois de tudo definido na pré-produção e, depois de bastante ensaio chega a hora da banda gravar em estúdio. Esta é fase da produção. O ideal é que um produtor musical acompanhe todas as gravações para dirigir as sessões, auxiliando os músicos e cantores alcançarem o maior rendimento possível.
Pós-Produção: Nesta fase as edições necessárias são feitas, inclusive correção de tempo e afinação de vozes e instrumentos solo, além de gravações adicionais (caso seja necessário).
Mixagem: Vem do termo inglês mixing que significa mistura, ou seja, são feitos ajustes de volume, automação, panorama, efeitos, compressão, limitação, fades, crossfades, etc com o objetivo que proporcionar a melhor interação (mistura) dos elementos da música (vozes e instrumentos).
Masterização: Fase final onde as músicas já mixadas são trabalhadas para obter uma homogeneidade tanto em volume entre as músicas quanto em equalização geral. Aqui é feito o CD-Matriz final que será enviado para a duplicação.
Para um CD de artista solo sem banda, o ideal é procurar um produtor musical que montará a equipe de trabalho e direcionará e acompanhará o trabalho do início ao fim.
Este primeiro artigo foi um resumo geral; em outras oportunidades estarei tratando dos assuntos mais específicos. Sugestões e críticas também são bem vindas. Até a próxima.
RONAN BARROS é produtor musical, compositor, guitarrista, ex-integrante da banda Livre Arbítrio e sócio do Estúdio Melodia (Brasília/DF). Contatos através do site www.ronanbarros.com
Fonte: http://ronanbarros.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário